domingo, 28 de outubro de 2007


Quanto tempo leva para chegar a hora certa é agora ou nunca adianta esperar?
Dividiram minha vida em pedaços idênticos delimitados por traços percorridos por ponteiros. Esses espaços de sentido passam rápido e eu não chego. Será que o relógio acumula minutos ou milímetros? Quantos kilômetros de vida são necessários pra eu entender meu lugar no tempo? Eu sigo um ciclo irregular que não cabe em nenhum compartimento de ritmo binário constante minhas oscilações me fazem sentir desconfortável como Alice gigante na sala claustrofóbica e sobra pedaço meu pra fora eu dizia ainda é cedo e alguém tentando me encaixar
é tarde, é tarde, tão tarde até que arde e urge e mente que o ônibus quebrou que o cachorro morreu que o galo cantou pra dentro e o dia não nasceu no quadro de horários escorridos.


Será que precisa falar que a tela é do Salvador Dalí? E que a citação é fala do coelho em Alice No País Das Maravilhas, que é do Lewis Carrol? E que a Alice é uma referência fortíssima que volta e meia emerge do meu subinconsciente?

6 comentários:

Ricardo Foureaux disse...

Visceral essas coisas assim, sem ponto nem vírgula nem pé nem cabeça.... realmente, é muito ritmo... já ouviu o novo do Radiohead? Devia ouvir, principalmente Faust ARP, musiquinha legal, e sem vírgula. Vc continua de um talento....

Clarice disse...

muitobão, gostei!

já que perguntou, precisava não. pode confiar na bagagem do seu leitor, se ele não tem a falha é dele, não sua. (eu acho...) mas, já que falou, vai um link prum blog que cê vai gostar: pelatocadocoelho.wordpress.com

Cerol disse...

Ei Ricardo! Pois é, vc é bom nisso tb! Sempre gostei dos seus textos brainstorm.
Cadê seu blog?

E Clair, a minha dúvida é com relação a esse troço de divulgação de imagem, essas frescuras. Num sei se adianta não, mas pelo menos eu indico de quem tô robâno...hehe

Anônimo disse...

hahaha adorei esse texto!

e li com calma o texto anterior e me identifiquei. não só pelas bandas (a Vanguart eu conheço e quase armamos um show no Rio e o Los Porongas eu já pude ver) mas pelo conceito. acho que originalidade é outra coisa nos anos 00 mas que a crítica musical ainda pensa ser algo sessentista, como você bem disse.

se puder sugerir bandas para vc dar uma escutada: Manacá, Supercordas, El Efecto, Karine Alexandrino, Alice, Violins, Pata de Elefante. lembrando assim meio rápido. porque a melhor coisa com a internet foi esse acesso aos novos sons fora do eixo.

bj e espero uma resenha sobre a revistinha aqui =)

Cerol disse...

Ei Renato!
Valeu muito pelas dicas de bandas. Se lembrar de mais, manda aí. É disso que vivem meus "arquivos"...rsrs
Pode deixar. Vou Escrever sobre a revistinha aqui sim.
bj

Anônimo disse...

Muito bacana, Amanda,
teve tempo que a gente se encontrava querendo ou não querendo num mesmo tempo. Não somos velhos pra contar histórias mas...
Bons tempos de escola!!!
O que eu acho mais legal é a gente poder manter contato e ainda contar com umas esperiências tipo destas.
Forte Abraço!!!